Parlamentares petistas celebram 35 anos do SUS

Sessão solene enaltece trabalhadores da saúde e reafirma o Programa como patrimônio do povo brasileiro e referência mundial em saúde pública

Gustavo Bezerra

Sessão Solene em homenagem aos 35 anos do Sistema Único de Saúde.

Em homenagem aos 35 anos do Sistema Único de Saúde (SUS), a Câmara dos Deputados realizou nesta segunda-feira (29/9) sessão solene a pedido da deputada federal Ana Pimentel (PT-MG).  Na abertura do evento, a petista celebrou o programa que “não é apenas uma política pública, mas um projeto de país. O SUS nasceu do ventre da democracia”.

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Ana Pimentel falou em seu discurso de abertura sobre a importância do SUS como pacto civilizatório. “Ele nos lembra, a cada dia, que não existe liberdade verdadeira sem igualdade. Não existe dignidade sem cuidado. Não existe cidadania plena sem direito universal à saúde”. A parlamentar também reverenciou o Brasil que vem sendo construído pelo Governo Lula, “um país que decide cuidar de todas as pessoas, sem distinção de classe, cor, gênero ou território, está afirmando qual futuro deseja. O SUS é, nesse sentido, um dos maiores instrumentos de redução das desigualdades sociais que o Brasil já construiu”.

Referência internacional

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou da solenidade e discursou sobre avanços e desafios do SUS. Além disso, comentou sobre sua participação remota na Assembleia da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que pela primeira vez permitiu que um ministro participasse à distância, em resposta ao impedimento que Padilha sofreu pelo Governo de Donald Trump.

“Na intervenção, deixei claro que podem até tentar restringir a circulação de uma autoridade, mas não restringirão nossas ideias e o que significa o SUS e a defesa dos sistemas nacionais de saúde pública. Reforcei que o Brasil está na defesa da ciência, da saúde como direito, da vacina e, simbolicamente, do Zé Gotinha. O que precisamos restringir não é a circulação de autoridades, mas das doenças, como o sarampo, que voltou a crescer na América do Norte por causa do negacionismo e das políticas antivacina”, defendeu o ministro.

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De acordo com Padilha, a “OPAS teve papel fundamental ao longo de todo o século passado para difundir a ideia de que saúde é direito de todos”.

Linha de frente do SUS

Já o deputado federal Dr. Francisco (PT-PI) aproveitou para agradecer quem compõe a linha de frente desse grande sistema de saúde. “Quero destacar que o SUS, em cada um dos sete dias da semana, nas 24 horas do dia, sem folga, conta com uma multidão de pessoas — mulheres e homens, profissionais de saúde, gestores, líderes sociais e parlamentares em todas as esferas — que constroem, defendem e fazem funcionar o sistema em todo o país. A esses defensores presto minha saudação, respeito e admiração, estendendo meu abraço a todos que compõem esta mesa e que acompanham de perto esta solenidade”.

Também parabenizou os profissionais a deputada federal Lenir de Assis (PT-PR)que afirmou ser importante “cumprimentar e enaltecer as mais variadas entidades que estão aqui presentes e espalhadas pelo país. Da mesma forma, cumprimento e enalteço o trabalho de todos os profissionais do SUS, que dedicam suas vidas, no dia a dia, para salvar vidas. Neste exato momento, milhares de pessoas em nosso país estão sendo salvas pelo SUS, seja nas grandes cidades, seja nas pequenas, nos interiores e nos territórios mais diversos do Brasil”.

Atendendo ao Brasil

A deputada federal Ana Paula Lima (PT-SC), que também é enfermeira, afirmou que o SUS foi uma das maiores conquistas da Constituição de 1988. “É o maior sistema público de saúde do mundo, garantindo atendimento gratuito a milhões de brasileiros. Atende não apenas cidadãos brasileiros, mas também estrangeiros que chegam ao país, como comprovam depoimentos de pessoas atendidas pelo sistema. Está presente nos 5.570 municípios do Brasil, desde a atenção primária até os procedimentos de alta complexidade”, elogiou.

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Um sistema revolucionário, como definiu a deputada Juliana Cardoso (PT-SP), pois “ele não vê cor, não vê raça, não vê classe social. E é justamente por isso que é tão atacado. Mas o SUS não acaba. Sabe por quê? Porque a sociedade brasileira entende o que é o SUS. A população sabe o que significa uma Unidade Básica de Saúde, sabe que quando precisa vacinar seu filho vai ao postinho, sabe o que é um pronto-socorro, sabe o que é um hospital e reconhece a diferença que isso faz na sua vida”.

Pacto democrático

Por fim, a presidenta da mesa, deputada Ana Pimentel, concluiu que “celebrar os 35 anos do SUS é também reafirmar o pacto democrático que o originou. É renovar a convicção de que o Brasil só será justo quando a saúde, a educação, a moradia, o trabalho e a dignidade forem direitos universais e concretos”.

Do site do PT na Câmara

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