PT 44 anos: Janaína Oliveira e Doriel Barros saúdam militância petista

“É uma grande força política, diferenciada”, disse Barros, presidente do PT de PE, ao Jornal PT Brasil. “Vamos enfrentar o [debate] que for necessário. Não vamos nos intimidar”, declarou Oliveira, secretária nacional LGBTQIA+ do PT

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Ao Jornal PT Brasil, Doriel Barros e Janaína Oliveira falaram dos desafios do partido e do papel da militância nas eleições municipais

A força da militância petista foi destaque nas entrevistas do Jornal PT Brasil desta sexta-feira, 2, com Janaína Oliveira, secretária nacional LGBTQIA+ do PT e Doriel Barros, presidente do partido em Pernambuco, em comemoração aos 44 anos do PT no próximo dia 10 de fevereiro.

“É uma grande força política, ela é diferenciada. A gente sabe que o PT tem uma militância que quando chega a campanha ela faz a diferença. Em todo canto a gente vê isso”, salientou Doriel Barros, ao informar que, das 185 cidades pernambucanas, 184 deram vitória a Lula em 2022.

“Nossa militância tem trabalhado de forma incansável não só para dialogar com a sociedade, mas também para construir um debate para a mudança de comportamento, pensamento, valorização das lutas sociais. Essa resistência que a gente faz na sociedade e dentro do partido é um trabalho coletivo amplo que resulta num partido que tanto filia pessoas. Elas percebem que o PT é um espaço democrático de debate e construção de várias visões”, analisou Janaína, ao informar que na eleição de 2020 o PT foi o que mais elegeu vereadoras e vereadores LGBTQIA+.

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No momento em que o partido completa 44 anos, Janaína avalia que o país vive a retomada da dignidade, respeito, igualdade e inclusão. “2024 que é muito simbólico para o movimento LGBTQIA por ser um ano eleitoral e porque iniciamos os processos da Conferência Nacional LGBTQIA+”, que terá etapas municipais e estaduais.

Janaína reforçou que a militância precisa ir para a rua mais do que nunca, ocupar as conferências e fazer o debate. “Vamos enfrentar o que for necessário. Não vamos nos intimidar. Sabemos que tem muitas conferências ocupadas por setores conservadores, mas nosso espaço é democrático e vamos ocupar para falar de direitos humanos, dignidade, de política pública, de inclusão e muita mobilização”, sintetizou.

O partido tem se mobilizado para organizar debates sobre quais são as pautas centrais para reforçar as candidaturas LGBTQIA+ e também na perspectiva de diretrizes e resoluções conjuntas com a federação, com PV e PCdoB.

“Vamos pensar junto sobre as políticas que queremos para que os três partidos sigam com a estratégia de inclusão e fortalecimento da defesa das nossas pautas”, assinalou.

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Partido tem políticas transversais

“O PT consegue transversalizar esses espaços de forma muito colaborativa, que permite pensar o país e a população na sua diversidade e especificidades. Só governo Lula para dar conta disso, para que a gente possa dar a resposta para um Brasil que voltou a ser respeitado, para que as pessoas não vivam o que viveram nos últimos seis anos”, avaliou, ao informar que o PT destina recursos do fundo eleitoral para a secretaria nacional LGBTQUA+ investir nas candidaturas.

“Isso só é possível com apoio de toda a estrutura do PT, principalmente porque temos uma presidenta (Gleisi Hoffmann) que é uma mulher de luta que participa conosco. Sabemos que os setores conservadores vão vir com tudo com suas fake news e a ideia de que nossos corpos têm que ser combatidos, mas temos certeza que estaremos no final de 2024 comemorando a vitória das nossas candidaturas e muitos reeleitos”, ressaltou.

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Ao falar da importância de mandatos trans na Câmara Federal e mandatos do PT, Janaína destacou o papel da governadora Fátima Bezerra, eleita presidenta do Consórcio do Nordeste, “que sofre como mulher, como pessoa negra e por sua orientação sexual”.

“Se é possível hoje ter nome social no TSE assegurado a pessoas trans é porque essa mulher (Fátima) foi negociar. Para nós da Secretaria é muito orgulho. Não somos só LGBTQA+, não somos só uma orientação sexual ou uma identidade de gênero, nós somos pessoas que ocupam espaços e que precisam ser valorizados e cuidados. E este ano o enfrentamento à violência política será chave”.

Conferências LGBTQIA+

Nos municípios as conferências vão acontecer até junho deste ano. Se o município não convocá-las, basta procurar o Ministério Público, disse Janaína. Depois de junho serão as etapas estaduais e em 17 de maio de 2025 haverá a Conferência Nacional. Quem tiver dúvidas pode acionar o Conselho Nacional LGBTQIA+ pelo email [email protected]

“Vamos avaliar o que foram os últimos governos, os seis anos sem processo de participação, avaliar o que foi o primeiro ano de governo Lula e o que podemos avançar. É momento de retomada da participação social”, destacou Janaína ao lembrar que desde o processo de transição o governo Lula tem se empenhado na reconstrução da política do segmento LGBTQIA+.

“Nosso movimento teve sua política 100% desconstruída, destituída e desvalorizada intensamente pelo governo anterior. A única coisa que não foi desfeita foi o kit gay mesmo porque ele nunca existiu. O primeiro passo foi o reconhecimento da demanda apresentada pelos movimentos sociais, a construção da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, a retomada do Conselho, que é o principal instrumento de participação social, a criação das assessorias tanto de participação social quanto de diversidade em todos os ministérios”, observou.

Empenho para ampliar representatividade

“Estamos com o pé no acelerador trabalhando para conseguir ampliar nossa representação no Executivo no Legislativo em Pernambuco”, anunciou Doriel Barros, que coordena o partido, informando que em 2023 foram feitas várias plenárias em todo o estado, reunindo lideranças para tratar da continuidade do projeto que está mudando a vida do povo.

“Chegamos em 2024 com expectativa muito positiva, alguns quadros se juntaram ao nosso partido, vamos manter as prefeituras que já temos e vamos ampliar a participação nas câmaras de vereadores. Precisamos ter uma voz em cada parlamento, como disse Lula. O presidente disse que nada substitui o trabalho de base, que é um trabalho que estamos buscando intensificar com os movimentos sociais, associações, militância jovem do nosso partido, mulheres, LGBTQIA+”, salientou.

O PT de Pernambuco, segundo Doriel, tem criado novos quadros na perspectiva ampliar a presença nas prefeituras e câmaras e fazer a disputa política. “Ainda temos um bolsonarismo muito forte e precisamos derrota-lo politicamente nas urnas, elegendo uma base política popular. As expectativas são as melhores possíveis”, assinalou.

O estado tem recebido inúmeros investimentos federais, como a retomada das obras da refinaria Abreu e Lima com investimento de R$ 8 bilhões e geração de mais de 30 mil empregos diretos; da ferrovia Transnordestina que foi paralisada por Bolsonaro; a retomada da Hemobrás e da BR 423 que vai ligar Santo Antônio até Garanhuns, e vai receber também a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) no bloco Feitiço da Estrela dia 9 de fevereiro, em Olinda, para comemorar os 44 anos do PT.

Da Redação

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