Reforma da Previdência: Paim se diz perplexo com emendas em troca de votos

Governo liberou R$ 3 bilhões em emendas em troca de votos favoráveis à Reforma da Previdência. Quase um terço do valor deve ser retirado do Ministério da Educação

Alessandro Dantas

Paulo Paim

O senador Paulo Paim (PT-RS) teceu críticas a liberação “escancarada” de emendas aos deputados em troca de votos para a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 6/2019) – Reforma da Previdência de Bolsonaro – na Câmara dos Deputados.

“Eu já havia vindo à tribuna quando fizeram a denúncia de que seriam R$40 milhões em emendas para cada Parlamentar que votar favoravelmente à reforma da previdência. Mas, ontem, foi tão escancarado que eu fiquei até meio que assustado. Eu nunca havia visto isso nos meus 33 anos de Congresso”, disse.

Em meio às negociações para aprovação da PEC 6 na Câmara dos Deputados, Bolsonaro enviou ao Congresso projeto de lei que libera R$ 3 bilhões em verbas extras para os ministérios a fim de facilitar o pagamento das emendas parlamentares.

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, veiculada nesta quinta-feira (8), aproximadamente um terço do R$ 3 bilhões devem sair do orçamento do Ministério da Educação, R$ 926 milhões.

Esse valor representa 16% do total bloqueado no MEC neste ano que já chega a R$ 5,8 bilhões.

Com a aprovação da Reforma da Previdência na Câmara e a iminência de sua chegada ao Senado, Paulo Paim disse esperar que o expediente de liberação de emendas em troca de votos favoráveis ao projeto não ocorra entre o governo e os senadores.

“Eu espero que isso não aconteça, em hipótese nenhuma, aqui no Senado”, enfatizou.

Por PT no Senado

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