Samu fica mais rápido em São Paulo na gestão Haddad

Criado no governo Lula, SAMU presta socorro de emergência e se tornou mais rápido na cidade de São Paulo

Em apenas três anos, a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT-SP) tornou mais rápido e ágil o atendimento oferecido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em São Paulo.

Captura de Tela 2016-07-27 às 17.17.53Segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o tempo-resposta, que era de 18 minutos até 2012, passou a ser de 10 a 15 minutos na gestão petista. Em 2016, o tempo-resposta para ocorrências foi reduzido para 12 minutos, um número recorde na cidade.

O Samu foi criado no Brasil em 2004, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser um serviço público e gratuito de socorro para situações de emergência. O objetivo era justamente agilizar o atendimento e reduzir o número de mortes.  Qualquer pessoa tem direito a discar 192 dentro de todo o país para ser atendido. Em São Paulo está a maior central de atendimento pré-hospitalar da América Latina.

“É o que a gente sempre busca: a excelência”, afirma o Diretor Técnico Médico do Samu, Luis Carlos Oliva de Paula, sobre o atendimento na cidade de São Paulo.

O médico é um dos responsáveis pelo funcionamento da central de operações, localizada no Bom Retiro, centro da cidade. Ali são recebidas todas chamadas e é organizado o atendimento aos cidadãos. “É o grande cérebro do Samu”, explicou.

Como funciona
O tempo-resposta, fator importante para garantir o melhor atendimento possível, depende de uma série de procedimentos, iniciados com a ligação do cidadão. Os números são baseados na média de deslocamento registrada no sistema de bordo das ambulâncias.

Em São Paulo, Luis Carlos explica que a primeira etapa é feita pelo Técnico Auxiliar de Regulação Médica (Tarm).

O Tarm pergunta o endereço e o telefone e, em seguida, abre um protocolo de triagem para fazer uma classificação inicial das ocorrências, com base na principal queixa – dor no peito ou desmaio, por exemplo.

Assim, é feita uma classificação de prioridade para o atendimento. Todos os casos são emergências, alguns com mais complexidade que outros. O processo final de triagem, incluindo a decisão de envio da equipe, cabe aos médicos reguladores.

Para o ele, o principal indicador de qualidade é o tempo-resposta. “Ninguém gosta de esperar. Quando você vai ao banco e fica esperando o caixa chamar, fica bravo. Qualquer situação de espera gera um desconforto. Quando gera um problema de saúde, este desconforto é ainda maior. Como alguém não está atendendo prontamente uma queixa de saúde?”, afirmou.

“Qual é o melhor Samu do Brasil? Aquele de uma cidade pequena, que tem uma ambulância, um hospital, e atende duas ou três ocorrências por dia? É claro que a complexidade do município de São Paulo é muito maior.”

O médico relata que já houve casos em que o parto aconteceu dentro da ambulância, ou até mesmo no instante em que a ambulância estava chegando.

“O que faz com que, quando a equipe chega, ela tenha que tomar todos os cuidados de levar a mãe para o hospital. É muito importante a participação do Tarm para orientar. Se a pessoa está dentro do metrô e o neném está saindo, até que a equipe esteja na cena, é preciso dar condições mínimas para quando a equipe chegar a situação estar sob controle”.

Foto: Kamilla Ferreira/AGPT

Luis Carlos Oliva de Paula, Diretor Técnico Médico do Samu / Foto: Kamilla Ferreira/AGPT

População em situação de rua

Dentro do Samu, existe uma orientação especial para atender população em situação de rua. “Diferentemente do que muita gente fala, de que o Samu não vai ao atendimento da população de rua. Mas o Samu não faz nenhum tipo de distinção a qualquer chamado”.

No período de outono e inverno de 2016, em que houve queda brusca da temperatura, o Samu deu atenção prioritária à população. De 1º de junho até 19 de julho, atenderam mais de mil casos.

“Qual é o melhor Samu do Brasil? Aquele de uma cidade pequena, que tem uma ambulância, um hospital, e atende duas ou três ocorrências por dia? É claro que a complexidade do município de São Paulo é muito maior. Os problemas são maiores, vão chegar queixas. E temos que buscar sempre a melhora do atendimento”, disse Luis Carlos.

Para facilitar o envio das equipes, os veículos estão distribuídos em todo município, e as bases estão descentralizadas, de acordo com a demanda da população. Ou seja, quanto mais populosa uma região, mais equipes terá.

O centro é uma das que, atualmente, tem grande demanda por conta da concentração populacional.

Na cidade de São Paulo, o Samu recebe 5 mil ligações diárias, resultando em até 1.200 ocorrências por dia. Existe esta diferença entre os números porque algumas ligações são equivocadas (casos de assalto, por exemplo), e ainda existem alguns trotes. Em casos de alta prioridade, o envio do socorro é imediato.

As pessoas que trabalham no Samu passam por uma capacitação, incluindo técnicos, enfermeiros, médicos e condutores de emergência. Periodicamente fazem cursos de atualização. Operam 2 mil funcionários em média na capital.

“O Samu funciona. Acho que quem pode responder se funciona é a ouvidoria. A gente tem muitos casos de elogios. Todos os casos em que o Samu chega e atende, somos elogiados”, avalia.

Por Daniella Cambaúva da Agência PT de Notícias

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast