Se depender das mulheres, Lula é eleito em primeiro turno, aponta pesquisa

 O levantamento da Genial/Quaest revela que Lula tem 48% das intenções de voto feminino para as eleições 2022.

Na última quarta-feira, 6, a Genial/Quaest publicou uma pesquisa que, se depender do eleitorado feminino, o presidente Lula estaria eleito, caso as eleições fosse hoje.

 O levantamento revelou que Lula tem hoje 48% das intenções de voto feminino na pesquisa estimulada para o primeiro turno. Já Bolsonaro obteve apenas 20% do voto das entrevistadas. Ao considerar os votos válidos, os opositores de Lula teriam apenas 39% das intenções, fator que impediria de levar a disputa para o segundo turno.

“As mulheres estão dizendo que não aceitam Bolsonaro antes mesmo dele ser eleito. A escolha por Lula também vai além da disputa eleitoral e diz muito sobre o que as mulheres querem e demandam para a reconstrução do país. É preciso, mais do que nunca, ouvi-las” afirmou Anne Moura, Secretária Nacional de Mulheres do PT.

A pesquisa reforça, mais uma vez, a rejeição das mulheres ao governo Bolsonaro. Mais da metade das entrevistadas (53%) avaliaram negativamente o genocida. Já no público masculino, a avaliação negativa do atual governo passou de 48% para 43%  na mesma base de comparação.

Outro aspecto importante da pesquisa é o estabelecimento da alta da gasolina e da economia como principal preocupação entre os eleitores, tanto homens quanto mulheres.

“E vou dizer uma coisa: nunca um homem precisou tanto de vocês, como eu preciso agora”, Lula

Durante o Encontro Mulheres com Lula para Reconstruir o Brasil, realizado no dia 10 de março, trabalhadoras e militantes de diversas organizações explanaram sobre a situação das mulheres no país e debateram sobre os desafios que Lula terá pela frente, principalmente na redução da desigualdade social e de gênero. Desde questões como a autonomia do corpo, o combate à cultura do estupro, passando pela questão de todos os tipos de violência, até às necessidades mais básicas do ser humano como poder se alimentar, ter acesso à água potável, uma fonte de renda e sobreviver.

“Estamos vivendo em um país destruído. Todo mês, toda assembleia, são dezenas de mulheres despejadas, morando na rua, não tem um arroz, um feijão, um óleo pra fazer comida. É disso que se trata essa disputa. 2022 é a chance de recuperar a dignidade do nosso povo, desse país”, afirmou Natália Szermeta, representante do MTST durante o encontro.

A pesquisa realizou duas mil entrevistas entre 10 e 13 de março e tem margem de erro de dois pontos percentuais. O nível de confiança é de 95%.

Ana Clara Ferrari, Agência Todas

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