Parlamentares lançam a campanha “Juros baixos, já” e criticam taxa Selic
“Nós não conseguimos entender o fato de o Brasil ter a maior taxa real de juros do mundo”, justificou o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), coordenador da campanha

“Nós não conseguimos entender o fato de o Brasil ter a maior taxa real de juros do mundo”, justificou o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), coordenador da campanha
“A taxa de juros tem sido mantida exageradamente elevada pelo Banco Central e está hoje em níveis inaceitáveis”, diz trecho do documento assinado por Luis Gonzaga Beluzzo e Luciano Coutinho, entre outros
A revista destaca artigos de importantes economistas, entre eles André Lara Rezende, que acusa o mercado e a mídia por fazer terrorismo sobre o assunto
Benefício começou a ser pago em janeiro pelo MDS para 21,9 milhões de famílias, ao custo de R$ 13,38 bilhões. Valor da dívida líquida do setor público por causa dos juros também cobriria o Minha Casa, Minha Vida
Selic de 13,75% é um “escândalo”, critica Bresser-Pereira. “A cada aumento de 1% na taxa de juros, a dívida líquida do setor público cresce R$ 38 bi”, adverte Marcio Pochmann
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) também quer esclarecimentos sobre a condução da política monetária e o erro contábil no fluxo cambial apresentado pelo BC no ano de 2022
PT no Senado reforça críticas aos juros astronômicos mantidos pelo Banco Central — os maiores do planeta — e defende diálogo com o governo para que a taxa seja reduzida e a economia consiga retomar crescimento
Com inflação abaixo de 6%, país mantém taxa de juros real em 8,16%, muito à frente das nações em segundo e terceiro lugar no ranking, o México (5,39%) e o Chile (4,66%)
A insistência do Banco Central em manter a atual taxa de juros vem sendo criticada por vários setores econômicos do país, incluindo economistas, comércio e os próprios bancos
Quatro em cada dez adultos brasileiros estão com o “nome sujo”, aponta pesquisa CNDL/SPC. “Cenário melhor, só em meados de 2023 e 2024”, comenta economista
Número de novos devedores no país cresceu 16,5%, segundo levantamento da CDL e SPC. É o maior índice de inadimplência dos últimos oito anos. A maioria dos endividados negativados têm entre 30 e 39 anos
Despesa com pagamento de despesas financeiras é maior que orçamentos de Auxílio Brasil, Saúde e Educação somados. Selic alta eleva inadimplência de pequeno negócio
Descontada a inflação, os juros no país representam mais que o dobro dos praticados no México, segundo lugar no ranking da usura. Brasileiros devem mais de R$ 1 trilhão