Investir em mobilidade melhorou qualidade de vida em SP, diz Haddad

Em plenária em Cidade Ademar, o prefeito de São Paulo desafiou os participantes e questionou: “Quem pega ônibus que não ganhou tempo?”

Prefeito Fernando Haddad em Cidade Ademar (Foto: Paulo Pinto/AGPT)

Investir em mobilidade para tornar o deslocamento mais rápido é uma forma de devolver tempo aos cidadãos, avaliou o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), ao fazer balanço de sua gestão em Cidade Ademar, na zona sul da cidade.

“Quem pega ônibus que, de 2012 para cá, não ganhou tempo?”, perguntou aos moradores da região, que participaram da plenária. “Eu estou para conhecer quem ainda não ganhou tempo”, disse o prefeito.

Para ele, diminuir tempo de deslocamento é investir na qualidade de vida das pessoas. É devolver tempo que trabalhadores gastam para ir até o trabalho. Por esta razão, no assunto mobilidade, seu trabalho se centrou em dois eixos: reduzir o número de acidentes no trânsito e melhorar a fluidez.

Haddad em Cidade Ademar (Foto: Paulo Pinto/AGPT)

Haddad em Cidade Ademar (Foto: Paulo Pinto/AGPT)

Um dos maiores problema das periferias, especialmente da zona sul, em 2012, era o tráfego intenso. “Tudo parado”, lembrou Haddad, ao contar como era se deslocar para fazer campanha. “E nós fizemos o maior plano viário da história da zona sul. Mais do que isso, garantimos a prioridade do transporte coletivo”.

Ele mencionou a construção dos corredores e das faixas exclusivas para ônibus, e ressaltou algumas obras que foram decisivas para a melhora na qualidade do trânsito. São Paulo estava entre as cidades com pior trânsito do mundo – ocupava a 7ª posição no ranking de pior tráfego. Com estes investimentos, foi para o 58º lugar.

O alargamento da Estrada do Alvarenga, na zona sul, incluindo corredor exclusivo para ônibus, é um exemplo. Esta era uma reivindicação antiga dos moradores da região, pois é uma das vias que liga São Paulo ao município vizinho Diadema.  Também na zona sul, a prefeitura construiu os corredores M’Boi Mirim e Binário Santo Amaro.

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Foto: Paulo Pinto/AGPT

Sobre transporte, o prefeito mencionou passe livre para estudantes – “não prometemos, nós fizemos”. E ainda as linhas de ônibus noturnas, que oferecem um veículo a cada 15 minutos.

“São Paulo não fecha. Tem garçom, tem enfermeiro. Tem gente que sai 1h da madrugada e precisava esperar até 5h para ir para casa”.

Projeto para São Paulo

Ao iniciar sua fala, o prefeito afirmou que o país “vive um tempo estranho desde 2013 (…) Regras e a constituição não estão sendo respeitadas”.

Neste contexto, o noticiário da imprensa tradicional destaca a recessão econômica e a crise política no cenário nacional, ignorando o que acontece em São Paulo. Então, Haddad sugeriu que todos os cidadãos procurem informações sobre o que acontece em São Paulo.

“O mais importante que isto é saber em que rumo a cidade está. Precisa saber o projeto que a pessoa representa. De que cidade estamos falando”.

Na plenária, Haddad destacou políticas de educação, saúde, mobilidade e combate à corrupção que estão transformando São Paulo. “É importante que a gente se aproprie do que foi feito e faça uma lista do que falta fazer”, disse.

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Foto: Paulo Pinto/AGPT

Saúde

“Fazia dez anos que não se abria um leito na cidade”. Haddad conta que este problema afetava principalmente a zona sul, pois sobrecarregava o Hospital Geral de Pedreira.

A gestão entregou o Hospital Municipal Vila Santa Catarina, na periferia da zona Sul, com 271 leitos disponíveis.

Falou também da construção dos Hospitais Dia, da Rede Hora Certa, projeto que derrubou de 180 para 85 dias a fila de espera para ultrassom. A Rede Hora Certa reúne no mesmo lugar exames e consultas especializadas, além de procedimentos cirúrgicos, especialmente aqueles que tinham as maiores filas de São Paulo, como catarata, cirurgia de varizes e cirurgias pediátricas.

Além dos novos hospitais gerais (Brasilândia e Parelheiros, construção em andamento) foram abertos na cidade mais 300 leitos em equipamentos municipais já existentes, além de 15 unidades de pronto atendimento (UPAs) e 16 unidades básicas de saúde (UBSs).

Educação

“Vaga em creche: quem não se lembra do drama para arrumar vaga em creche até 2012?”. A gestão abriu duas novas creches por semana na cidade, com cem mil novas matrículas em CEIs e EMEIs em São Paulo.

O município nunca havia investido em Ensino Superior, recordou o prefeito. Para ele, está é uma visão que exclui muitos que residem em bairros distantes de faculdades. Se tem uma faculdade publica no CEU, está situação muda. “Uma chance”, disse, porque “talento não escolhe bairro (…) isto é respeitar o trabalhador”.

“Política de se livrar da criança”: é assim que o prefeito avalia a aprovação automática nas escolas públicas. Por isso, em 2013, a prefeitura acabou com a aprovação automática – “uma economia que sai cara para a sociedade”.

“Estamos com rumo bom para a cidade, temos que continuar perseguindo estes objetivos”, concluiu Haddad.

Por Daniella Cambaúva da Agência PT de Notícias

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