Com OEA, campanha de Lula reafirma confiança nas urnas eletrônicas

Em reunião com observadores eleitorais, presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, pede que comunidade internacional faça o reconhecimento imediato do resultado das eleições

Gleisi: “A violência nos preocupa muito. Os homicídios que estão acontecendo em razão da política não podem continuar" (Foto: Ricardo Stuckert)

O chefe da missão de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Ruben Ramírez Lezcano, e integrantes da delegação se reuniram nesta quarta-feira (28/09), em São Paulo (SP), com representantes da Coligação Brasil da Esperança, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. A missão da OEA recebeu relatos sobre a preocupação com notícias falsas, violência política, ataques à urna eletrônica e o uso da máquina pública nas eleições por parte de Jair Bolsonaro.

“A violência nos preocupa muito. Os homicídios que estão acontecendo em razão da política não podem continuar. E a OEA tem um papel importante para fazer essa denúncia no plano internacional”, disse a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann. “Reiteramos a nossa confiança no sistema eleitoral brasileiro, do qual participamos desde 1989. E pedimos que a OEA reconheça todas as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), inclusive, assim que sair o resultado das eleições, que isso seja reconhecido imediatamente pela comunidade internacional”, completou a presidenta do PT.

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Notícias falsas

Presente na reunião, o advogado Cristiano Zanin apresentou aos observadores um diagnóstico sobre notícias falsas e desinformação, que continuam a ocorrer no processo eleitoral brasileiro. E citou o número expressivo de representações que o PT levou ao TSE, bem como as dezenas de decisões do próprio Tribunal, reconhecendo um ecossistema de disseminação de notícias falsas atrelada ao círculo íntimo de Jair Bolsonaro.

“O que buscamos mostrar é que a nossa visão está plenamente amparada por decisões proferidas pelo TSE. Não se trata, portanto, de um ponto de vista, mas sim de algo oficialmente reconhecido pelo principal tribunal do país”, declarou o advogado à missão da OEA.

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Zanin também avaliou a reunião como positiva. “Os observadores da OEA tiveram a oportunidade de saber dos principais problemas que estamos acompanhando e que estão sendo reconhecidos pelo TSE. Eles estiveram com o presidente Bolsonaro e, aparentemente, ele fez ataques indevidos às urnas e outras colocações que não têm nenhum amparo na realidade, ao contrário da posição que nós colocamos hoje para os observadores”, completou.

Observação

O chefe da missão da OEA, Ruben Ramírez Lezcano, classificou a conversa como importante. E explicou que 55 especialistas e observadores de 17 países estão presentes em todo o território nacional, bem como em três cidades estrangeiras (Porto, em Portugal, e Washington e Miami, nos Estados Unidos), para acompanhar todo o processo eleitoral brasileiro.

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“Nós vamos dar uma declaração importante no sábado. Estamos convocando a sociedade brasileira a participar plenamente destas eleições. E daremos um informe após a votação. Nosso objetivo é participar plenamente do processo eleitoral do Brasil, mas até o final das eleições preferimos apenas assinalar que estamos fazendo o trabalho de observação, falando com todas as partes, e vamos ter um relatório no final para compartilhar todas essas informações”, declarou o chefe da missão da OEA, ex-ministro das Relações Exteriores do Paraguai.

O encontro de hoje em São Paulo faz parte de uma série de visitas que os membros da organização internacional estão mantendo no Brasil. O objetivo é avaliar a legitimidade das eleições. Integram a delegação da OEA, além de Lezcano: Francisco Guerrero, secretário para o Fortalecimento da Democracia, Brenda Santamaría, chefe da Seção da Observação Eleitoral, Ignacio Álvarez, subchefe da Missão e Anja Brenes, oficial de Imprensa.

Até o dia da eleição, os membros da OEA terão se reunido com todos os candidatos à Presidência da República e com órgãos e autoridades envolvidas no processo eleitoral, como o próprio presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.

Do site lula.com.br

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