Com vírus à solta, governo perde 2,3 milhões de testes de Covid

Descarte dos testes, mais um legado do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, representa um desperdício de mais de R$ 67,5 milhões

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O Ministério da Saúde acusou a Opas de forçar o governo a receber os insumos "sem que o ministério tenha aceito o cronograma de entrega"

A CPI da Covid recebe novas evidências, a cada dia, da negligência criminosa do governo Bolsonaro diante da maior crise humanitária da história. Desta vez, a incompetência foi confirmada pelo próprio Ministério da Saúde. Em documento enviado ao Ministério Público Federal (MPF), a pasta reconhece  que cerca de 2,3 milhões de testes de Covid estão prestes a serem incinerados pelo governo após o vencimento dos kits, no fim deste mês. O MPF encaminhou a nota à CPI nesta semana. A Procuradoria da República no Distrito Federal investiga a atuação da União na aquisição e na distribuição de testes.

O lote faz parte de um maior, de cerca de 4,3 milhões de testes que estão encalhados em Guarulhos (SP). Os kits são os mesmos que tiveram prazo de validade estendido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro, data que indicava o vencimento original.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o governo falhou em alcançar uma meta modesta de aplicar 24 milhões de testes até o fim do ano passado. Agora, o país caminha para encerrar o primeiro semestre com apenas 16,6 milhões de verificações, mais um resultado desastroso que integra o legado do general Eduardo Pazuello, ex ministro da Saúde, o ministro da “logística”.

O descarte dos exames representa um desperdício de mais de R$ 67,5 milhões, já que cada teste custou R$42,30, em negociação por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Segundo o jornal, o ministério pediu à Opas, em junho passado, para não enviar mais testes sob risco de ter de incinerar os kits, por “pouca saída”.

A Saúde ainda acusou, em documento, à organização de forçar o governo a receber os insumos “sem que o ministério tenha aceito o cronograma de entrega”.

Da Redação, com informações de Folha de S. Paulo

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