Copom define meta para taxa básica de juros nesta semana

Colegiado se reúne nesta terça (30) e quarta-feira (1º). Brasil ocupa a segunda posição do topo do ranking de maior taxa Selic do mundo, que atualmente é liderada pelo México

Rafael Neddem/Agência Brasil

Copom define meta para taxa básica de juros nesta semana. Foto: Rafael Neddem/Agência Brasil

Com a segunda maior taxa básica de juros (Selic) do mundo (12,75%), o Banco Central (BC) de Bolsonaro, presidido pelo bolsonarista Campos Neto, vai anunciar nesta quarta-feira (1º) a nova meta da Selic.

A decisão será divulgada após reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), previstas para acontecer nesta terça e quarta-feira. O anúncio deve acontecer na quarta-feira, às 18h30.

Recentemente, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, disse que o setor produtivo brasileiro está na “UTI” e que houve um “exagero” na política monetária, impulsionada no governo de Bolsonaro.

Segundo o empresário, foi um exagero o BC iniciar, em março de 2021, o maior ciclo de altas da taxa básica de juros no século 21 – foram 12 aumentos seguidos. Com isso, a Selic passou dos 2% para 13,75%, ao ano em agosto de 2022.

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Críticas aos juros altos

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), defende a queda da Selic e  transparência nas ações de Campos Neto e que, mesmo a recente redução da taxa de para 13,25%  para 12,75%, o Brasil segue entre os países com dos maiores percentuais, perdendo somente para o México.

De acordo com a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, o projeto do presidente Lula – “eleito pelo povo” – é desenvolvimentista e não um modelo ultraliberal defendido pelo atual presidente do BC.

“O que se discute é que o projeto defendido pelo presidente do Banco Central (de juros altos beneficiando o mercado financeiro) é o contrário do modelo de desenvolvimento inclusivo defendido por Lula nas urnas. A desconexão entre taxa de juros e inflação baixa só interessa ao rentismo”, atacou.

Petistas e representantes do setor produtivo afirmam que, diante da baixa inflação, projetada em 5,23% para 2023, não há sentido em manter a Taxa Selic alta, comprometendo um maior crescimento do país.

Da Redação, com informações do Valor

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