Economia do Cuidado | Por que o trabalho das mulheres nos lares brasileiros não entra para o cálculo do PIB?

No Brasil, calcular o impacto do “PIB do Cuidado” pode ser um começo para garantir políticas efetivas de proteção social às mulheres.

Trabalho invisível? Pra quem?

Apesar de não remunerado, o trabalho de cuidado nos lares, executado em grande parte por mulheres, é estrategicamente “invisível” para o poder público, pois exime o Estado de adotar e elaborar políticas públicas que sejam coerentes com o impacto econômico desse trabalho na produção geral do PIB — portanto serve apenas ao interesse da manutenção do sistema patriarcal e machista, na condução de uma sociedade profundamente desigual em classe e gênero.

Por que medir

Ao se medir a Economia do Cuidado, seria possível gerar informação relevante para construção e melhoria das políticas públicas, em especial as de educação, proteção social e emprego e renda, segundo a Comissão de Defesa de Direitos da Mulheres, da Câmara Federal. Além disso, será possível tirar da família o peso da carência das políticas públicas e responsabilizar o Estado por políticas relacionadas à Economia do Cuidado, como a criação de creches e escolas em período integral, por exemplo, de modo que a mulher tenha mais tempo para o trabalho formal e geração de renda.

Ana Clara Ferrari, Agência Todas

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