Efeito Lula: balança tem superávit de US$ 45,514 bi no semestre, o maior da história

Só em junho, saldo positivo foi de US$ 10,59 bi, valor nominal mais alto já alcançado pelo país

Rodrigo Felix/SEIL

O vice-presidente Geraldo Alckmin comemora os dados: "Em nenhum outro primeiro semestre da história, o Brasil exportou tanto quanto neste"

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 45,514 bilhões no 1º semestre de 2023, o maior saldo positivo nominal para o período da série histórica, iniciada em 1989. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (3) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

“Mais uma boa notícia: em nenhum outro primeiro semestre da história, o Brasil exportou tanto quanto no primeiro semestre de 2023 (foram US$ 166,2 bilhões). Nossa balança comercial no primeiro semestre registrou US$ 45,5 bi de saldo positivo para nosso país, outro recorde histórico”, comemorou o vice-presidente e titular do MDIC, Geraldo Alckmin, no Twitter.

“Só em junho, tivemos US$ 10,59 bi de superávit comercial, o maior valor nominal da nossa história. Como diz o presidente Lula, nós vamos surpreender o mundo gerando emprego e renda com respeito ao meio ambiente”, prosseguiu.

Segundo o MDIC, o saldo positivo de junho resultou de US$ 30,1 bilhões em exportações e de US$ 19,5 bilhões em importações. Houve queda nas duas pontas, mas mais acentuada em importações, que recuaram 18,2% contra 8,1% das exportações contra igual mês de 2022, considerando a média por dia útil. Os dados do MDIC mostram que as exportações cresceram 8,7% em volume no acumulado deste ano contra iguais meses de 2022, com alta puxada por soja, petróleo bruto, minério de ferro, açúcar, combustíveis e carnes de aves.

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também repercutiu o mais novo resultado da economia sob o governo Lula. “Em nenhum outro 1º semestre da história, o Brasil exportou tanto quanto neste 1º semestre de 2023 (total de US$ 166,2 bilhões). A balança comercial brasileira, nos primeiros seis meses, registrou US$ 45,5 bi de saldo positivo, outro recorde histórico”, tuitou Costa.

O deputado federal e vice-líder do governo Lula na Câmara, Rogério Correia (PT-MG), foi outro a destacar o sucesso das exportações brasileiras. “SÓ NOTÍCIA BOA! Depois que o inominável tornou-se inelegível, o coitado ficou ainda mais isolado. Hoje tivemos R$111,5 bi em acordos internacionais e o resultado recorde da nossa balança comercial: U$D45,5 bi num semestre, 32,9% a mais do que a do inominável inelegível”, tuitou o parlamentar, destacando a comparação com o governo passado.

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Relatório Focus

O bom desempenho das exportações brasileiras também foi um dos destaques do Relatório do Relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (3). Com base nas projeções de analistas de 100 instituições financeiras, o documento traz a previsão de um saldo positivo da balança comercial de US$ 63,76 bilhões em 2023. O boletim da semana passada previa US$ 62 bilhões.

O mesmo relatório aponta também que as projeções do mercado para a inflação mantêm a tendência de queda, enquanto para o PIB continuam em alta. A estimativa do IPCA para este ano caiu pela sétima semana seguida, de 5,06% para 4,98%. Já a do PIB subiu de 2,18% para 2,19%, na oitava semana de melhora.

A previsão da inflação para 2024 também voltou a cair, indo de 3,98% para 3,92%, no quinto recuo consecutivo, conforme o Focus. A projeção para o IPCA de 2025 caiu de 3,80% para 3,60%, e de 3,72% para 3,50% em 2026.

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As estimativas para a inflação refletem, em grande parte, os efeitos da queda dos preços dos alimentos. Segundo o IBGE, o grupo “Alimentação e bebidas” passou de alta de 0,71% em abril para 0,16% em maio.

A desaceleração dos alimentos, por sua vez, é um dos efeitos da redução dos preços dos combustíveis, que alivia os custos do pequeno, do médio e do grande produtor rural. Em maio, a queda foi de 21,3% para o gás de cozinha (GLP), de R$ 0,44 por litro no preço médio de diesel para as distribuidoras (-12,8%) e de R$ 0,40 por litro no preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras (-12,6%).

Desemprego

Os bons resultados da economia não param por aí. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, a taxa de desocupação foi de 8,5% no trimestre móvel encerrado em abril de 2023. A variação de 0,1 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, de novembro de 2022 a janeiro de 2023 (8,4%), demonstra estabilidade no índice. É a menor taxa para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando ficou em 8,1%. Já em comparação com o mesmo período de 2022, a taxa de desocupação caiu 2 p.p.

Da Redação

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