Fortaleza | Vereadora do PT cria Banco de Empregos para mulheres em situação de violência doméstica

Iniciativa da petista Larissa Gaspar visa dar autonomia financeira e condições para que as mulheres saiam de situações de violência

As mulheres de Fortaleza, Ceará, agora contam com uma iniciativa importante para conseguir emprego e ter condições de sair de situações de violência doméstica. A vereadora do PT, Larissa Gaspar, apresentou e aprovou na Câmara Municipal a criação do Banco de Empregos para as Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar.

Para ter acesso, as mulheres devem ser encaminhadas pelo Centro de Referência da Mulher de Fortaleza Francisca Clotilde, portar boletim de ocorrência e solicitação de medida protetiva de urgência.

“Sabemos que na pandemia a violência aumentou no âmbito domiciliar e que uma das razões que alimentam esta violência é a dependência econômica sendo, portanto, essa indicação uma estratégia concreta de enfrentar esses casos”, afirmou a parlamentar.  

Durante a pandemia, uma em cada mulheres foram vítimas de algum tipo de violência no Brasil. Em 2021, mais de 15 milhões de mulheres sofreram violência física, psicológica ou sexual. E tudo isso dentro do lugar que deveria ser mais seguro: dentro de casa. As agressões nos lares contra mulheres passaram de 42% para 48,8%, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

“A crise econômica piora um quadro que já é grave no Brasil: a violência doméstica. Sem emprego, sem fonte de renda, as mulheres não conseguem sair de uma situação de violência por não terem como sobreviver.  A aprovação dessa medida em Fortaleza demonstra a importância de termos ampliado a eleição de mulheres petistas em todo Brasil”, afirmou Anne Moura, secretária nacional de mulheres do PT.

De fato, a iniciativa visa amenizar os efeitos da crise econômica que atinge sobretudo as mulheres.  No último trimestre de 2021, elas tiveram 17,1% de taxa de desocupação contra 11,7% dos homens, segundo dados do PNAD – IBGE. Além de versar sobre o racismo estrutural no país que vulnerabiliza ainda mais as mulheres negras. No Brasil, elas representam 27% da população e ocupam metade dos empregos informais, sobretudo no trabalho doméstico. Elas formam um grupo de alta vulnerabilidade, sem garantia trabalhista e de proteção social.

 

“As mulheres do PT estão atuando em todos os níveis, federal, estadual e municipal, para garantir direitos e proteção social e econômica para as brasileiras. Enfrentar a crise econômica, o machismo e o racismo está entre as prioridades das petistas eleitas em todo país, podem ter certeza”, finalizou Anne. 

Ana Clara Ferrari, Agência Todas

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