Gilmar Mendes é raivoso e parcial, diz deputado Wadih Damous

Para deputado federal do PT, Gilmar Mendes é a antítese do que se deve esperar um bom magistrado. “Um juiz não pode procurar holofotes como mariposas”

Deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados

“Ele é raivoso, parcial e usa camisa partidária por baixa da toga. Não se comporta como um magistrado”. Essa é a visão do deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) sobre Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na última semana, Mendes pediu a cassação do registro do PT como partido político, em um ato comum apenas durante a ditadura militar (1964-1985).

Para Damous, o ministro ultrapassa suas funções legais para perseguir o PT.

“As denúncias (contra o PT) estão em fase de investigação e de apuração. Mas nada disso detém o senhor Gilmar Mendes. Como é de seu estilo, ele vai aos jornais e às televisões antecipando o seu entendimento sobre o assunto. E, claro, sempre com manifestações contra o Partido dos Trabalhadores, como já se tornou tradicional por sua parte”, afirma.

Para o deputado petista, Mendes é a antítese do que deve se esperar de um magistrado.

“Um juiz deve ser alguém comedido, moderado, que age com o rigor da lei, mas de maneira discreta. Que não manifesta antecipadamente o seu entendimento em relação aos processos que estão sob sua responsabilidade. Que não procura holofote como mariposas. Enfim, um juiz que respeita a lei. Gilmar Mendes é o contrário de tudo isso”.

“Se alguém me perguntasse como não ser um bom juiz, me pedisse um exemplo de mau juiz, não tituberaria: Gilmar Mendes. É raivoso, parcial, por baixo da toga usa camisa partidária”, explica.

Damous disse duvidar que Mendes pediria a cassação do PSDB e do PMDB. No fim de semana, foram reveladas delações de executivas da Odebrecht que complicariam o ministro golpista das Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP) e o presidente interino e golpista Michel Temer (PMDB-SP).

“As delações deram conta que José Serra levou propina de R$ 23 milhões e que o golpista Michel Temer levou R$ 10 milhões em dinheiro vivo. Quero ver se ele vai entender também que o PMDB e o PSDB devem perder os seus registros partidários”.

Por fim, Damous garante que o ministro do STF nunca se manteria no cargo em democracias mais sólidas que a brasileira.

“Eu não tenho a menor dúvida: se ele estivesse numa corte constitucional europeia, se estivesse na Suprema Corte norte-americana, já teria perdido o cargo ha muito tempo. Aliás, vou dizer mais: nunca teria chegado lá. Ele não se comporta como um magistrado”.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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