Moraes autoriza quebra dos sigilos fiscal e bancário de Bolsonaro e Michelle

Medida autorizada na quinta-feira (17) também permite cooperação entre PF e autoridades internacionais na quebra sigilo de Bolsonaro no período em que esteve nos EUA

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Fechou o cerco: Ministro Alexandre de Moraes autoriza quebra dos sigilos fiscal e bancário de Bolsonaro e Michelle

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou, nesta quinta-feira (17), a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-presidente, Jair Bolsonaro, e da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

O cerco para Bolsonaro e Michelle não se fechou somente no Brasil. A Suprema Corte também permitiu uma cooperação da Polícia Federal (PF) e autoridades estrangeiras para quebrar o sigilo do ex-presidente enquanto esteve nos EUA.

O casal é investigado pelo recebimento de joias, presenteadas pela Arábia Saudita, na Flórida. A PF quer saber se Bolsonaro tentava trazer as joias para o Brasil sem pagar impostos e sem incorporá-las ao Patrimônio da União.

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, é suspeito de ter entregue dinheiro da venda das joias a Bolsonaro. Como as joias foram presenteadas no exercício do mandato, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), deveriam ter sido incorporadas ao acervo da União e não poderiam ser vendidas como itens pessoais.

De acordo com o programa Fantástico, da Rede Globo, Mauro Cid aproveitou uma viagem oficial aos Estados Unidos para vender dois relógios de luxo dados de presente ao Estado brasileiro. Depois da venda, realizada em um shopping da Pensilvânia, a conta do general Lourena Cid recebeu um depósito de US$ 68 mil, mesmo valor pago pelos objetos.

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Uso de voo oficial da FAB

As transações ilícitas de Bolsonaro foram realizadas com a utilização de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). No dia 8 de junho de 2022, Bolsonaro e Cid levaram o kit de joias no voo oficial quando viajaram aos Estados Unidos para participar da Cúpula das Américas, em Los Angeles.

Conforme relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), enviado à CMPI dos Atos Golpistas, há transações financeiras consideradas atípicas nas contas do pais de Mauro Cid, Mauro Lourena Cid, que ocupava cargo no escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), em Miami. O relatório destaca que, de fevereiro de 2022 a maio de 2023, ele movimentou quase R$ 4 milhões, entre valores recebidos e enviados.

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Da Redação, com informações do G1

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