PT aciona movimento bolsonarista no MP por ameaçar saúde pública

Notícia crime denuncia o movimento “Soberanistas” no Ministério Público por instigar comerciantes a desafiar orientações oficiais no âmbito do combate à pandemia do Covid-19

Foto: Ravena Rosa/Ag. Brasil

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O Partido dos Trabalhadores representou junto ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) “notícia crime” contra Valquíria Lopes, fundadora do Movimento Soberanos.

A petição denuncia vídeo divulgado nas redes sociais, tanto nos perfis oficiais pessoais quanto nos perfis do “movimento Soberanistas”, contendo informações contrárias às orientações de saúde pública da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e dos governos estaduais, no âmbito do combate à pandemia do Covid-19.

A representação é assinada pela presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR) e pelos líderes do partido na Câmara, deputado Enio Verri (PR), e no Senado, senador Rogério Carvalho (SE).

Na representação, as lideranças petistas acusam o movimento de instigar os comerciantes a restabelecer suas atividades econômicas com “os preços lá embaixo”, o que seria um incentivo – visando apenas o lucro e ignorando o cuidado com a saúde e a vida dos brasileiros.

Apontando a iniciativa como propaganda comercial, a representação destaca que “a exemplo do resto do mundo, o Brasil enfrenta situação de calamidade pública em razão da pandemia de COVID-19”. Diante disso, a peticionada incorre em crime ao divulgar posturas que vão na contramão das medidas adotadas pela maioria das Nações já atingidas pelo “novo coronavírus”.

A “notícia crime” alerta que Valquíria já incorreu na mesma prática antisocial ao participar de manifestações em meados de março, mesmo diante das recomendações para que fossem evitadas aglomerações. De acordo com a representação, diversos atos praticados pela fundadora do movimento Soberanistas configuram crimes de infração comum.

Para as lideranças petistas, as atitudes do movimento bolsonarista “atentam contra a vida e a saúde humana, a incolumidade pública, a paz pública e a probidade da administração pública”.

 

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