Variante delta mobiliza governos do mundo, mas Bolsonaro só assiste

Estudo de Harvard já mostrou que a falta de uma coordenação nacional tornou o Brasil um alvo fácil do coronavírus no começo da pandemia. Bolsonaro, o genocida, repete o crime

No momento em que ultrapassa a marca de 20 milhões de infectados e se aproxima dos 560 mil mortos por Covid-19, o Brasil corre o sério risco de pagar, mais uma vez, o preço de ter um presidente que se recusa a assumir suas responsabilidades diante da pandemia do novo coronavírus.

Os casos de infectados pela variante delta já preocupam as autoridades de saúde de vários estados, com riscos maiores para crianças e idosos, segundo a Fiocruz. No município do Rio de Janeiro, 45% dos novos casos se devem à delta. Mas, diferentemente do que ocorre em outros países, o governo Bolsonaro nada faz para coordenar ações que reduzam o impacto dessa mutação do vírus, mais transmissível e mais letal que as anteriores.

A variante delta do SARS-Cov-2 foi identificada pela primeira vez na Índia em outubro de 2020 e logo se espalhou pelo mundo. Hoje, já foi identificada em 96 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), incluindo o Brasil, onde há transmissão comunitária ao menos em São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Nos países aonde chegou primeiro, a delta levou ao aumento de casos, internações e mortes, forçando governos sérios a tomarem providências. Na China, o governo voltou a decretar lockdown em várias cidades para conter a proliferação. Nos Estados Unidos, o uso de máscaras em locais fechados vem sendo retomado (apesar da resistência de governadores republicanos), e as campanhas para que as pessoas se vacinem foram intensificadas, uma vez que a grande maioria dos pacientes que morrem após contrair a variante estão entre os não imunizados. A Europa também já discute que medidas serão adotadas no outono.

Se os Estados Unidos, que já vacinaram totalmente 50% de sua população, enfrentam dificuldades, o Brasil, onde esse índice é de 20%, deveria estar em alerta. Jair Bolsonaro, no entanto, prefere dedicar-se à discussão do voto impresso, tema que sacou da cartola para não ter de prestar contas à população sobre sua falta de governo, como denunciou o presidente Lula em entrevista na última terça-feira (3).

Quando fala de Covid-19, Bolsonaro apenas repete a fake news de que o Supremo Tribunal Federal (STF) não o deixou combater a pandemia. Seu Ministério da Saúde, por sua vez, se dá ao luxo de dificultar a chegada de milhões de vacinas importadas pelos governadores e que já poderiam estar no braço dos brasileiros.

Estudo da Universidade de Harvard já mostrou que a falta de uma coordenação nacional tornou o Brasil um alvo fácil do coronavírus no começo da pandemia. Jair Bolsonaro, o genocida, agora repete o mesmo crime com a variante delta. E o presidente da Câmara, Arthur Lira, assiste impassível a esse novo atentado contra a vida dos brasileiros, sentado sobre mais de 120 pedidos de impeachment.

Da Redação

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