Campos Neto mantém sabotagem da economia com maior taxa de juros real do planeta

“Banco Central de Roberto Campos Neto termina o ano como começou: impondo ao país as maiores taxas de juros do planeta, atrasando a retomada do crédito, do investimento e do crescimento do país”, critica Gleisi Hoffmann

Beto Nociti (BCB)

Para Gleisi Hoffmann, "nada justifica que o Copom tenha demorado tanto para começar a reduzir os juros e que o faça num ritmo de conta-gotas, como foi decidido hoje"

Arauto do arrocho monetário e, por consequência, de um crescimento econômico baixo, o Banco Central chefiado por Roberto Campos decidiu manter a redução dos juros, essencial para a retomada da atividade, a conta-gotas. Nesta quarta-feira (13), o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou um corte de 0,5% na Taxa Selic. Com o indicador agora em 11,75%, Neto continua a garantir que o Brasil fique na liderança do ranking dos países com a maior taxa de juros real do mundo, ao mesmo tempo em que garante a alegria do rentismo e prejudica o PIB nacional. 

“O ambiente externo segue volátil e mostra-se menos adverso do que na reunião anterior, marcado pelo arrefecimento das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos e de sinais incipientes de queda dos núcleos de inflação, que ainda permanecem em níveis elevados em diversos países”, anunciou o Comitê, em comunicado à imprensa.  

“Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, diz a nota.

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“Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, aponta o Copom. A próxima reunião do grupo está marcada para os dias 30 e 31 de janeiro de 2024.

Apesar do cenário de “cautela” apontado pelo colegiado, o corte ocorre logo após o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontar que a taxa anual da inflação caiu de 4,82% para 4,68% em novembro. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses se encontra dentro do intervalo permitido pela meta, de 3,25% a 4,75%. O que deixaria o Copom mais tranquilo para determinar um corte maior da Selic.

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“Banco Central de Roberto Campos Neto termina o ano como começou: impondo ao país as maiores taxas de juros do planeta, atrasando a retomada do crédito, do investimento e do crescimento do país”, comentou a presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann. “Nada justifica que o Copom tenha demorado tanto para começar a reduzir os juros e que o faça num ritmo de conta-gotas, como foi decidido hoje”, criticou a petista.

“Neste primeiro ano de governo do presidente Lula, a renda e o emprego aumentaram, a inflação e o preço dos alimentos caíram e o PIB cresceu 3%. Tudo ao contrário do que o BC dizia para justificar suas decisões contra o país. Ninguém prejudicou mais o Brasil este ano do que Roberto Campos Neto”, lamentou.

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“Nós temos que ir atrás, em algum lugar nós temos que ter, nós temos que mexer com o coração do presidente do Banco Central para que ele reduza um pouco os juros porque as pessoas estão querendo tomar dinheiro emprestado”, lembrou o presidente Lula, na terça-feira (12), no Palácio do Planalto. “Os governadores podem ajudar fazer pressão, vamos baixar os juros gente. Fazer o banco emprestar para criar empregos”, pediu. Em vão. Neto não parece se sensibilizar com a necessidade de o país crescer para gerar empregos. 

Da Redação

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