Economia começa 2019 em queda e BC rebaixa expectativa de crescimento

PIB deve crescer apenas 2% este ano. É a terceira queda na previsão do BC, que há quatro semanas apostava em 2,48%

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A já combalida economia brasileira começou 2019 em queda. É o que confirma o relatório do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (18). E m janeiro, o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 0,41% em relação a dezembro de 2018.

O IBC-BR é o índice considerado como prévia do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país e principal indicador do desempenho da economia.

Cenário melancólico

Também divulgada nesta segunda-feira, a edição semanal do Boletim Focus do BC reafirma um cenário melancólico para a economia brasileira. Pela terceira semana consecutiva, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 foi rebaixada pelos analistas consultados, que agora apontam apenas 2,01% de variação positiva no ano.
Há quatro semanas, o BC previa que o PIB 2019 registraria 2,48% de crescimento. Na semana passada, essa estimativa já havia caído para 2,28%.

Previsão de 2% ainda é muito otimista. Para a economia crescer, é preciso estancar o corte de investimentos e o desmonte do Estado

Senador Rogério Carvalho (PT-SE)

“A previsão de 2% de crescimento em 2019 ainda é muito otimista”, avalia o senador Rogério Carvalho (PT-SE), para quem a política escolhida por Bolsonaro, de cortes de investimentos e de desmonte do Estado, deverá aprofundar ainda mais a asfixia da economia. “Se houver crescimento será de pouco mais de 1%”, projeta o senador. “Para crescer, é preciso ter políticas voltadas para isso, incluindo a redução de juros”.

Destravar investimentos

O desempenho anêmico da economia brasileira é consequência direta da asfixia dos investimentos públicos. Na semana passada, a Bancada do PT no Senado apresentou uma proposta para destravar esses investimentos, deixando-os fora do congelamento de gastos.
Segundo a proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada pelos senadores do PT, os investimentos do governo que contribuam diretamente para a movimentação da economia, como a contratação de obras públicas por exemplo, não serão contabilizados no teto de gastos determinados pela emenda derivada da “PEC da Morte” — que congelou por 20 anos todos os gastos governamentais, inclusive com saúde e educação.

Oferecer um horizonte

Essa é a saída para reverter um cenário desanimador e começar a oferecer algum horizonte aos desempregados, que já são 12% dos trabalhadores e trabalhadoras. A PEC apresentada pela bancada petista oferece uma folga na capacidade do governo de adotar programas que dinamizem a economia.
O investimento público é essencial para estimular o investimento privado, tão cortejado pela equipe econômica de Bolsonaro.

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Por PT no Senado

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