Lula no Jornal Nacional: “Este país vai voltar a andar”; veja trechos

Ao dar entrevista ao JN, Lula mostra ser o mais capaz de, ao lado de Alckmin, garantir as condições para que o Brasil se recupere e o povo volte a viver com dignidade

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Lula: "Vou voltar, se o povo permitir, para fazer melhor do que fiz” (foto: Reprodução)

Lula mostrou, na noite desta quinta-feira (25), ao conceder entrevista para o Jornal Nacional, que está pronto para levar o Brasil de volta a dias mais felizes. “Este país vai voltar a andar”, garantiu.

Ao longo da conversa de 40 minutos, Lula assumiu o compromisso de “cuidar do povo brasileiro”, combatendo a fome e a inflação; socorrendo as famílias endividadas, especialmente as mulheres; e dando oportunidade de emprego e estudo à juventude.

E o primeiro passo será devolver seriedade ao governo, garantindo o que ele chama de três palavras mágicas: credibilidade, previsibilidade e estabilidade.

“Credibilidade é para garantir que, quando você fala, as pessoas acreditam. Previsibilidade é porque ninguém pode ser pego de surpresa com mudança do governo. E a estabilidade é para que os empresários do Brasil e os estrangeiros saibam que podem fazer investimento aqui dentro”, explicou.

E a união dele com o ex-governador Geraldo Alckmin, candidato a vice-presidente em sua chapa, garante essas condições. “Nunca antes na história do Brasil, houve uma chapa como Lula e Alckmin para poder ganhar credibilidade interna e externa e fazer as coisas acontecerem”, ressaltou.

Outra preocupação será a de recuperar o diálogo entre o presidente e os governadores, algo que Jair Bolsonaro já mostrou ser incapaz de fazer. “Se eu ganhar as eleições, vamos fazer uma reunião com os 27 governadores para saber quais são as obras prioritárias de cada estado, e este país vai voltar a andar”, adiantou.

“Viver com dignidade”

Tudo isso será sempre para melhorar a vida do povo. “Nós já provamos que é possível cuidar do povo brasileiro. Não gosto de utilizar a palavra governar. Eu gosto de utilizar a palavra cuidar”, explicou.

Na prática, isso significa “colocar o pobre no orçamento do país”, “fazer com que as pessoas possam chegar à universidade”, “voltar para investir na geração de emprego” e garantir que as famílias brasileiras “voltem a viver com dignidade”.

Lula lembrou que hoje quase 80% das famílias estão endividadas, especialmente aquelas chefiadas por mulheres, as que mais sofrem com a crise econômica. “Nós vamos negociar essa dívida”, avisou, deixando claro que, em um governo seu, as famílias não ficarão abandonadas como hoje, sujeitas à fome e ao desespero.

“Fazer melhor do que fiz”

E quando diz que já provou, provou mesmo. Como o próprio Lula lembrou, quando ele assumiu a Presidência em 2003, a inflação estava em mais de 10%, como agora; o desemprego estava em 12%, o país devia ao FMI e a dívida pública representava mais de 60% do PIB.

“Reduzimos a inflação para a meta, reduzimos a dívida para 39%, fizemos reserva de US$ 370 bilhões e ainda emprestamos dinheiro para o FMI. E ainda fizemos a maior política de inclusão social que esse país já conheceu. É assim que vamos governar”, afirmou. 

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E mostrou uma certeza: “Vou voltar, se o povo permitir, para fazer melhor do que fiz”.

Conversa aberta

Como é de se esperar de alguém que deseja ser presidente, Lula não fugiu de nenhuma pergunta. Agradeceu que a entrevista tenha começado pelo tema da corrupção e lembrou que, em seu governo, foram criados todos os mecanismos para que os crimes fossem investigados e que não havia orçamento secreto nem sigilo de 100 anos para qualquer fato suspeito.

Também defendeu a democracia; lembrou que a polarização política não é problema, mas sim o estímulo ao ódio e à violência; assegurou que o Brasil pode investir tanto no agronegócio de exportação quanto na pequena agricultura, que produz para o consumo interno; e garantiu que é possível produzir no campo sem promover o desmatamento.

Da Redação

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