Lula e Janones mandam recado: “Auxílio de R$ 600 não acabará após dezembro”

“Lula é o único que garante o auxílio emergencial no país, não existe outro candidato que assumiu esse compromisso”, avisou Janones, ao denunciar oportunismo eleitoreiro de Bolsonaro

Reprodução

Lula e deputado André Janones (Avante-MG)

O ex-presidente Lula e o deputado federal André Janones ocuparam as redes sociais do parlamentar e do petista neste sábado (13) para transmitir um importante recado ao povo brasileiro sobre o auxílio emergencial de R$ 600: Lula é o único candidato à Presidência da República comprometido de fato em manter o auxílio como política de Estado e não uma ação eleitoreira com data para acabar, como faz Jair Bolsonaro.

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“Enquanto não acabarmos com a miséria e a fome no país, não se pode acabar com o auxílio emergencial”, explicou Lula, ao lado de Janones. “É possível que se crie uma convulsão se tirar o pouquinho de possiblidade que esse povo tem”, alertou Lula.

Tanto Lula quanto Janones criticaram o oportunismo de Bolsonaro, que decidiu aumentar o valor do Auxílio Brasil somente a menos de dois meses das eleições. “Bolsonaro está apavorado, dizendo que vai continuar com o auxílio. Mas se ele quisesse que continuasse ele não teria feito só até dezembro, teria feito sem dia para acabar”, explicou Lula.

“Não há como acabar com o auxílio emergencial  sem que a gente recupere a economia brasileira, sem que a gente gere emprego, sem que a gente resolva o problema da fome que tomou conta do país, que envolve 33 milhões de pessoas”, explicou o petista. “E, mais ainda, que envolve 105 milhões de pessoas que estão com algum problema de insegurança alimentar. Tá assim de gente no nosso país, pessoas que não comem as proteínas e calorias necessárias”.

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“Lula é o único que garante o auxílio emergencial no país, não existe outro candidato que assumiu esse compromisso. Quem tem poder de garantir não o fez, como o atual presidente”, advertiu Janones. “A única possibilidade do auxílio emergencial continuar é a gente ganhar as eleições e fazer aquilo que o povo espera que a gente faça, respeitá-los”, apontou Lula. 

“Não tem explicação para que um país do tamanho do Brasil tenha gente passando fome, uma mulher na fila do açougue pegando osso ou as pessoas pegando lixo para comer”, insistiu Lula, apontando para a situação trágica pela qual passam os brasileiros graças à negligência de Bolsonaro.

Políticas públicas

Lula denunciou que Bolsonaro desmontou a produção agrícola do pequeno produtor, prejudicando o abastecimento. Ele defendeu a atuação do Estado para induzir o desenvolvimento do país. “É preciso um conjunto de políticas públicas que envolva o pequeno produtor rural, o micro empreendedor nas cidades, o trabalhador que está desempregado,  precisa envolver todo mundo para que a economia volte a funcionar”, defendeu.

Ele explicou que o Bolsa Família foi um sucesso não apenas porque transferia dinheiro, mas porque exigia condicionalidades, como a frequência escolar e a vacinação  dos filhos da titular do cartão, no caso, a mãe chefe de família. “Não era um programa só de distribuir um dinheirinho, era um programa para cuidar das pessoas”, argumentou o petista.

Desprezo pelo pobre

Lula lembrou que as gestões petistas geraram 22 milhões de empregos com carteira assinada e que a agricultura familiar produzia alimentos para os brasileiros. “Tudo isso acabou”, lamentou Lula.

“Guedes não tem nenhuma preocupação com o povo pobre desse país. O desprezo é total e absoluto, e só ligam na época da eleição”, criticou Lula. “Temos de tratar o pobre com carinho, é essa gente que gosta do Brasil, que é brasileiro nato”.

“O Brasil não precisa ter fome, se tem fome é por causa da irresponsabilidade das pessoas que governam o país”, disse Lula ao se referir a volta do Brasil ao Mapa da Fome das Nações Unidas.

“Encher a boca para falar povo em época de eleição, todos fazem”, disse Janones. “Agora, só tem moral para falar em povo, olhar nos olhos de vocês e fazer um compromisso de acabar com a fome, de lutar pelo auxilio emergencial, quem dedicou uma vida inteira ao povo como o Lula”, concluiu o deputado.

Da Redação

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